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Enurese

  • Foto do escritor: Dr. Alfredo Salim Helito
    Dr. Alfredo Salim Helito
  • 23 de set.
  • 3 min de leitura

O que é enurese?

É a emissão repetida de urina, diurna (na roupa) e/ou noturna (na cama), por crianças de 5 anos ou mais (a maturidade fisiológica é habitualmente adquirida entre os 3 e 4 anos de idade).


A emissão de urina, em geral involuntária, tende a ocorrer no mínimo 2 vezes por semana, por no mínimo 3 meses, ou causar sofrimento significativo, evidenciado por prejuízo no funcionamento social ou escolar da criança.


Quais são os tipos de enurese?

Três subtipos são descritos:


Enurese noturna

É a mais comum, ocorrendo durante o sono, nas primeiras horas da noite (muitas vezes a criança recorda-se de um sonho que envolvia o ato de urinar).


Enurese diurna

Mais comum no sexo feminino e raramente após os 9 anos de idade, costuma ocorrer nas primeiras horas da tarde, em dias de escola. A enurese diurna pode se dar por vontade súbita de urinar e instabilidade da musculatura da bexiga (“incontinência de impulso”) ou por adiamento consciente do esvaziamento da bexiga, até que resulte a incontinência (“protelação da micção”).


O adiamento do ato de urinar pode se dar pela relutância em usar o banheiro, em razão de ansiedade social ou por envolvimento com atividades lúdicas na escola.


Enurese noturna e diurna

Qual é a causa da enurese?

Cerca de 75% das crianças com enurese têm um parente biológico em 1º grau com o transtorno; o risco para o distúrbio é de 5 a 7 vezes maior nas crianças, cujos pais tiveram a condição.


Vários fatores predisponentes foram sugeridos:

Treinamento atrasado ou negligente do controle para o ato de urinar;

Situações de estresse psicológico ou social (separação dos pais, nascimento de irmão mais novo, entrada na escola);

Anormalidades dos ritmos normais de produção da urina;

Redução da capacidade funcional da bexiga.

Quais são as consequências da enurese?

A criança sofre por duas razões: pelas limitações impostas às suas atividades sociais (por exemplo, pernoitar em acampamentos ou casas de amigos) ou pelo efeito da enurese sobre a autoestima. O paciente sente-se incapaz e inadequado pois, além de sentir-se “diferente” dos colegas, tem que suportar a raiva, punição e rejeição dos pais e cuidadores.


Assim como na encoprese, dois tipos de enurese são descritos: o primário, quando a criança não chegou a estabelecer a continência urinária, e o secundário, que se desenvolve após uma fase de continência urinária.


O segundo tipo se inicia entre os 5 e 8 anos de idade. A maioria das crianças com enurese torna-se continente na adolescência, restando apenas 1olo que persistem até a idade adulta.


Como é feito o tratamento da enurese?

O tratamento baseia-se em:


Reeducação – Correção das medidas educativas anteriormente aplicadas, tais como: aprendizagem, demasiado precoce ou rígida e moderação das bebidas à noite.


Motivação do paciente – Informar a criança sobre o funcionamento urinário é fundamental. O médico desmistificará o sintoma, tentando fazer que a criança não se sinta vítima ou culpada, mas sim participante dos resultados conseguidos a partir da intervenção.


Despertar noturno, em hora regular – Após urinar completamente no horário de deitar, a criança será novamente despertada (pelos pais ou por alarme sonoro) I hora a I hora e meia após adormecer, durante 1 mês, retardando o despertar em 15 minutos a cada noite.


Uso de medicamentos – Antidepressivos e outros medicamentos podem ser usados por período delimitado.


Psicoterapia – Quando a criança apresenta, além da enurese, dificuldades em outras áreas psicológicas.

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