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Hemodiálise

  • Foto do escritor: Dr. Alfredo Salim Helito
    Dr. Alfredo Salim Helito
  • 29 de ago.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 30 de ago.

O que é hemodiálise?


Hemodiálise é o método mais comumente utilizado para tratar as formas graves de insuficiência renal. Desde a década de 1960, este método vem sendo aperfeiçoado de tal modo, que hoje podemos oferecer um procedimento com eficácia e conforto para o paciente, incomparáveis em relação a décadas atrás.


Ao contrário do que muitos acreditam, a diálise não tem nenhum efeito terapêutico sobre os rins, sendo considerada, portanto, uma terapia de substituição renal. Com ela mantemos vivo o paciente com insuficiência renal grave, enquanto outras medidas específicas são tomadas no que se refere ao tratamento da doença.


Por outro lado, podemos também concluir que a afirmativa de que o paciente que se submete à diálise nunca mais para de fazer tal procedimento é totalmente falsa, o paciente só permanecerá em diálise se a sua doença renal for irreversível, do contrário, não.


Como funciona?


O sangue do paciente é retirado através de uma bomba rolete e passa por um filtro, chamado hemodialisador, onde ocorre o processo de filtragem do sangue, retornando, então, para o paciente.


É um processo contínuo em que o sangue flui através deste sistema a aproximadamente 300 ml por minuto, enquanto durar o procedimento. Ao mesmo tempo, esse filtro é perfundido (recebe a infusão de líquido) por uma solução balanceada em eletrólitos, chamada solução de diálise ou banho de diálise.


No filtro, os processos físico-químicos que determinam a filtragem do sangue são a difusão e a convecção. Na difusão, por diferença de gradiente osmótico (diferença de concentração de vários elementos do sangue com a substância utilizada na diálise) entre a solução de diálise e o sangue, escórias são retiradas da circulação do paciente com insuficiência renal.


Já no processo de convecção, água e solutos são retirados por diferença de pressão hidrostática, isto é, pela diferença de pressão de circulação entre o sangue e a substância da diálise.


Durante o processo dialítico o nefrologista deve, portanto, definir o tipo de dialisador, a duração do procedimento e o ritmo de filtragem desejado para o paciente, no que se refere à retirada de escórias, retirada de líquido e também à reposição de cálcio, potássio, sódio e bicarbonato.


O que é acesso vascular?


Durante a sessão de hemodiálise, o sangue tem de ser retirado continuamente do paciente para que possa ser filtrado, e depois retornar à circulação, a um fluxo aproximado de 300 ml por minuto.


O local de onde o sangue e retirado para que este processo possa ocorrer é o que os nefrologistas chamam de acesso vascular. O acesso mais utilizado é a fístula arteriovenosa, mas existem também os enxertos e os cateteres de curta e de longa permanência.


A fístula arteriovenosa deve ser realizada com pelo menos 50 dias de antecedência, de modo que a mesma possa maturar, para então ser utilizada.


Consiste na ligação cirúrgica, normalmente feita no braço, de uma artéria com uma veia, de tal modo que a veia, recebendo sangue arterial com alta pressão, terá seu calibre aumentado, ficando passível de ser puncionada para a realização da hemodiálise.


Sempre que o procedimento for realizado, 2 punções serão feitas, uma para retirada do sangue e outra para o seu retorno.


O enxerto segue o mesmo princípio da fistula arteriovenosa, mas neste caso há que se utilizar um tubo sintético para se fazer a conexão entre a artéria e a veia (é o que chamamos de enxerto).


A necessidade de se utilizar um enxerto ocorre devido à falta de veias pérvias e/ou calibrosas, ou se1a, as veias funcionantes e/ou grossas, no braço do paciente. A exemplo da fístula arteriovenosa, o enxerto não pode ser utilizado imediatamente após a sua realização, devendo-se aguardar alguns dias, ou até semanas, para a sua completa cicatrização.


Os cateteres são tubos de material plástico que são inseridos por punção, e sob anestesia local, em alguma grande veia do corpo humano (a veia jugular e a veia subclávia, no pescoço, são as mais utilizadas). Têm a vantagem de poderem ser utilizados imediatamente e, no caso dos cateteres de curta permanência, podem ser colocados sem a necessidade de se levar o paciente ao centro cirúrgico.

Os cateteres de longa permanência, que devem ser colocados em centro cirúrgico, têm a vantagem de poderem ser utilizados por meses, ou até mais de um ano, se não houver nenhuma complicação, como infecção, trombose venosa ou obstrução dos mesmos.


Onde e como é feita a hemodiálise?


Hemodiálise é um procedimento quase que 100% das vezes realizado em clínicas especializadas, ou em hospitais. O paciente passa por 5 sessões por semana, em dias predeterminados (por exemplo, segundas, quartas e sextas ou terças, quintas e sábados) e em horários definidos (por exemplo, pela manhã ou à tarde).


A duração de cada sessão de hemodiálise varia de 5 a 5 horas, e deve ser definida de acordo com as condições de cada paciente.

O paciente permanece sentado, em poltronas apropriadas, e não pode se locomover enquanto a diálise não for encerrada. Contudo, não deve apresentar nenhum tipo de sintoma durante o procedimento, podendo ler, ver televisão, comer, conversar, etc. até que a sessão daquele dia seja encerrada.


Caso haja alguma intercorrência, os serviços de diálise contam com equipamentos, enfermeiros e médicos de plantão para a assistência necessária.


O paciente que segue um programa crônico de hemodiálise e submetido a exames periódicos mensais, e deve passar por consulta medica também mensalmente. Na verdade, todo paciente nessas condições deve ter um nefrologista responsável pelo seu tratamento, que será encarregado de assisti-lo nas visitas mensais, bem como em intercorrências que venham a acontecer.

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